Os lírios que as noites trazem
Desenham-me cenas de morte
Ali, por mais que as dores casem,
Entre os caminhos, nasce, amor, o norte!
E faz-me assassinar íntima sombra
Que é o rio ancestral de tua peste
E a zombaria que o Estado veste
O povo não pede, amor, compra!
Mas quais foram os termos acertados?!
Mais que o vício, o teu corpo mutila
Enquanto, em pares, faz-se a fila.
E arrancam-lhe as mãos os deputados!
Ah! Pátria minha que as cores não sabe
O amor que é teu ao amor não cabe
Mas é divino o canto deste teu coral
Este canto feito todo de lágrimas e cal!
Se eu tivesse vida...Amor, se houvesse
Vida na cor deste céu que escurece
Este filho torto, este teu carnaval
Tudo isto morreria enfim, amor, no teu funeral!
CRISANTE
Um comentário:
Excelente poesia, Crisante!
sem mais comentários... excelente!
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