segunda-feira, 3 de setembro de 2007

INÍCIO



Vejo as janelas...

À tarde que se faz aberta

Que transforma carne

Lembranças, ônibus e faces.

Sinto o golpe. essência rude

Destes versos me faz um riso.

Mas não é riso, não se ri.

É típico meu espanto, um espanto

Típico e latino, cem mil vezes latino,

De quem não sabe o que se quer

Desta vida.

E destes vales catatônicos

–Sim, eu me vejo aberto –

Abro ainda o rio da manhã

Do eclipse dos olhos meus

Para ver nascer-me amor

Para saber que sou em ti

E que nada é quando não te sou

Mas a carne é feita de cios

E o amor, pouco demais,

Não conhece o coração...



CRISANTE

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