sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Abrindo a vereda, pra deixar passar afeto e letra...


[... não gosto de rimas. Na verdade não faço questão de usá-las... se surgem, é por já não haver espaço pra não rimar, aí eu deixo... fica lá, a rim'ousada logo no título...]

quando pensei, quis. relutei, é verdade... mas quis, quis muito, com aquela vontade de quem espera da escrita o segredo e a graça do firmamento expostos, dispostos a se manifestar... quis juntar meus bons amigos e amigas e companheiros e companheiras e amores e amores e amores em torno disso – "blog" –, dessa ausência de causa e presença de espírito... quis escrever pra eles e pra outros mais, inomináveis, inumeráveis outros que talvez não passem de um (visitante desavisado que caiu aqui por mero acaso...); quis ler o que eles escrevem também, e o que outros escrevem também... e penso que tudo isso vale...

meu computador me esfria, meu aquecedor é a escrita... sem muito a dizer nesse início, nessa abertura da vereda de coisas torcidas a dizer (como os galhos das árvores secas do sertão...), digo bienvenue a todos os amigos e outros que aceitaram meu convite pra escrever aqui e compartilhar dessa tentativa de plantar uma selva de textos, poesias, ensaios, coisas inclassificáveis etc. etc. etc... mas principalmente por desejarem criar aqui uma selva de afetos... digam, desdigam, redigam, contradigam... mas façam as palavras rangerem, como numa moenda antiga... o silêncio sempre será bem vindo, se vier dizer algo... a mudez, a besteira e a ladainha a gente pega pra ler com óculos de grau minúsculo, que é pra rir e reduzir...

A vereda não foi ainda totalmente aberta... o caminho ainda é muito estreito pra que todos passem... então é preciso que vocês, outros, usem também seus facões e foices pra desembrenhar a trilha e criar outras. Meu filósofo já disse: "todo caminho é bom, desde que as saídas sejam múltiplas"...

Abraço terno e sedento [de quê?]

Verônica

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