terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Contagiante viagem ao mundo de mim

Sou um vício, um vício de ser palavra
Escárnio, melhor dizendo. Se falas,
Vou-me andando, caio seco
Sou como a tristeza feminina
Mas deito-me inda pelo prazer do sexo.
O amplexo que o algo define 'tal coisa alcalina
Que não sabe lidar com coisa alguma',
Sem motivos para ser diferente...
Sou também poeta (como coisa indefinida)
Zombaria! Troça! Sarcasmo! Motejo! Galhofa!
Isso mesmo de que falei; essa PORRA que comporta
O nome coisa e que não é NADA além de ela mesma –
Rosa temporã do mistério que criaste-me.
Sou Caio, ou este meu nome:
Galhofa/motejo/sarcasmo!
Que é este o meu batismo
Destituído de qualquer definição,
Para ser nada disso!!!


CRISANTE

2 comentários:

diz torções disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
diz torções disse...

O esmero de algo, a intenção oculta... um dom!
Quisera ser um "dom" para qualquer transeunte que se vai, que se vem... mas não, não sou um dom! Sou como o vento que passa em um dia de verão, sufocante calor... trago refresco, mas da mesma forma levo poeira aos olhos... não, não estou perto... não me capturarias em seu torpor poético, Crisante, até porque não há torpor, não conheces o torpor, não sabes o fel que há em ser ludibriado por minhas curvas e ser abandonado sem pudor, piedade ou consideração... não mancebo poeta, não é um dom ter-me, não o queiras... tenho em mim muitos espinhos, e nem todos estão dispostos a lamber os dedinhos, quiçá prontos!