quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

SONETO DEPRIMIDO


O mundo vai girando numa loucura que se quis

Só para mim. A moça passa vestida em seu vestido.

Do outro lado alguém pensa tal eu fiz.

E, sabe lá o porquê, eu me sinto um tanto perdido...


Minha vida foi-se desenhando assim:

Sempre uma história nova a se esconder de mim.

Aí eu fico pesando essa coisa que deveria

– E SÓ DEVERIA – ser um soneto. Mas como seria?


Eu sei muito pouco das coisas dessa terra imensa.

Fui a poucos bares. Transei bem pouco também

(E seria ainda pouco se muito fosse a uma só vida intensa)


Mas escrevo este soneto – talvez para ficar mais aflito

Que o de costume – e continuo perdido no meio disto

Que deveria – e só deveria... Daí eu me sinto pobre. Pobre de não ter ninguém...



CRISANTE

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