Tu, moça, que num anuncio teu amor botaste
Desconhecida do gostar que te guardo
Do gostar que de medo tardo
Mas que aqui não se pretende ao disfarce
Tu, a quem desconheço por distância a fome
Tu, que se dedicadas ao corpo enfermo
Tu, que de tanta beleza esconde-me o ermo
A que a beleza pudesse bendizer-te o nome
Que não sabes o par de desoladora angustia
A que levo no peito em cicatriz de tua astúcia
Que ora não sabe ou sente a quem de ti se engane
Tu, mulher de mil sonetos que escrevi cantando,
Aquela de quem herdei o segredo de um amor sangrando,
Não sabes inda tu que de ti morro contente. Linda e incerta Nayane...
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