quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

SONETO DO AMOR IMPOSSÍVEL



Tu, moça, que num anuncio teu amor botaste
Desconhecida do gostar que te guardo
Do gostar que de medo tardo
Mas que aqui não se pretende ao disfarce


Tu, a quem desconheço por distância a fome
Tu, que se dedicadas ao corpo enfermo
Tu, que de tanta beleza esconde-me o ermo
A que a beleza pudesse bendizer-te o nome


Que não sabes o par de desoladora angustia
A que levo no peito em cicatriz de tua astúcia
Que ora não sabe ou sente a quem de ti se engane


Tu, mulher de mil sonetos que escrevi cantando,
Aquela de quem herdei o segredo de um amor sangrando,
Não sabes inda tu que de ti morro contente. Linda e incerta Nayane...




CRISANTE

Nenhum comentário: