Um verso pesado
Vindo de mim,
De dentro de mim
- Acidente de mim -,
E bebi um pouco d´água
Escrevi um verso para ser em mim
Como fôra teu cantar
De canto sozinho,
E tento lembrar
Moça que fica, fia sozinha
Que um trem já te vai passar
Que o meu verso - o meu carinho -
Não é assim de hora em hora
(É sempre noturno meu versejar...)
Olhos de coruja e o meu versinho
São assim como vizinhos
Que não se sabem encontrar
Mas que vivem o mesmo tempo,
Bebem da mesma sede
E se afogam no mesmo bar
Moça que fica e teima sozinha
Sossega que já te vem passar
Aquele meu verso que esqueci,
Que é como a noite
Nos olhos de uma coruja
Que só se queda ao teu olhar
Aquele verso que eu fiz... eu fiz de tudo por apagar...
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