segunda-feira, 15 de outubro de 2007

CANDELÁRIOS

Palavra que se diz da boca desses meninos mortos
Estatela-se nestes tempos de madureza
– de pesados anos que se fiam à porta, e,
Acho eu, não me hão de dar sequer certeza.
A noite descreve-se em orbitas, eu me fico à cama e em
Longos espaços, turvos espaços; Moça aninha-se em meu peito em cansaço
De amar, noturnamente, um amor que é só dela...
[...]

Não ter lugar, terreiro algum em que se possa derramar modos...
Alegra-me apenas a idéia de tal formosura
Em moça amantissimamente devotada, e,
Inda que me faça o pesar, permito-me,
Derradeiramente, (co)mover-me por estes encontros
[...]

O homem antes; meninos mortos em dias de criança
Porque a vida só se ri nos confins da memória
É aí que percebo que grande sorte é dada a este candelário moleque
Que a vida fez tudo por apagar, e que sinto agora carinhado
Pelo cansaço dessa moça – prestes a se apagar – mais que tudo
Em minha vida...
[...]

´´Desejo.É bom ser criança...``


[...]




Escrito numa tarde de 2007, sob forte influência de atividade vulcânica





CRISANTE

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