domingo, 16 de setembro de 2007

Subterfúgio da condição



Ouça o som do vento, o crepitar das árvores e a tempestade...

Quisera eu sabê-los...

Além da tempestade há o silêncio. O silêncio pacifica, mas as dores gritam por dentro; o silêncio pacifica, As dores gritam...

Dores são elos perdidos, e a vaidade fala: Estranha criatura que busca o mundo tateando o nada!

Porque é dela o seio da espécie e a partir dela tudo se transforma em existência vazia – vazia, pois nada se faz notar –, diante dela, feia é a flor e o derramamento de cor dos hemisférios.

Enquanto ser castigado, luz é que me falta; e vens atrevida do teu nicho; maldita és tu mulher, malditas são as flores da tua beleza e os arcos do teu poder, pois de mim foste a morte, e de tudo que creio. Tu que foste um dia a estrela maior do meu devaneio, musa infindável de poesia infinita, és agora o âmago de toda tristeza.

Fratricida do amor és agora!

Mas nunca, eu repito: NUNCA!...

...hei de perdoar-me por tê-la mandado embora!



CRISANTE

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