domingo, 16 de setembro de 2007

QUANDO EU ME FOR EMBORA




Quando eu me for embora, Maria, não
Te tranques em teu coração,
Nem te bastes às minhas promessas.
Tampouco te bastes nesta dor de paixão.

Quando eu me for, Maria, embora
Deixar-te-ei os dias, deixar-te-ei auroras
Por isto, meu amor, Maria, não te tranques
Em teu coração quando enfim chegar-me a hora...

Lembra-te só das coisas miúdas
(Quão triste foi a lua deste nosso amor)
Verás então – não menos absurdas –
Pequenas contas de fé que em ti este poeta regou

Lembra-te apenas das tardes serenas,
Dos beijos e risos, das noites em flor
Saberás então – em dores amenas –
Que a morte, Maria, é muito pequena pra quem já amou...

CRISANTE

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